Homenagem
Poe e Baudelaire
SÓ
Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alva
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alteava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.
SEMPER EADEM
"De onde te vem, responde, essa tristeza infinda
Que galga, como o mar, o negro e nu rochedo?"
- Quando no coração nossa colheita finda,
viver é um mal. Ninguém ignora este segredo.
Uma dor muito simples, nada misteriosa,
A todos familiar, como tua alegria.
Nada queiras saber, minha bela curiosa!
E, embora a voz te seja afável, silencia!
Cala-te tola! alma de tudo embevecida!
Boca de riso ingênuo! Ainda mais que a Vida,
A Morte nos enlaça em seus sutis idílios.
Deixa-me o coração confiar no que suponho,
Dentro em teus olhos mergulhar como num sonho,
E dormir longo tempo à sombra de teus cílios!
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Eu sei...
Isto é tao recorrente...
domingo abr. 30, 01:19:00 da manhã 2006
ola mano =) ca estou eu...pa t xatiar...hahaha, ora quanto ao k postaste...lindos poemas,(acho k foi a primeira vez k li Poe e baudelaire :|),gostei muito...entao o de Poe...podem ser recorrentes,mas dizem algo d importante...=) beijos maninho
i love you =****** passa pelo meu blog s n espanko.t! =P xD top
terça mai. 02, 11:39:00 da tarde 2006
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